27 novembro 2010

Set me free

 Mais uma vez estou aqui, tentando talvez me expressar, talvez me entender.
 A atual situação me induz a continuar distante. Distante de tudo que possa tirar minha liberdade tão agarrada à mim que mais parece um filho sendo tirado do colo da mãe. A tão esperada e almejada, a cereja do bolo, a atriz principal de uma novela sem pé e muito menos cabeça. A novela?! Minha Vida. A atriz principal?! EU.
 Pode ser por covardia, por medo ou por simples capricho mesmo. Na verdade mais profunda, é puro desejo e sede insaciável de ser independente. Alguém sem direção, sem receio, sem vergonha, sem nem mesmo amor.
 Os dias deste ano, que marca o fim de um ciclo vicioso, andam passando rápido demais perante meus olhos. Eu tento acompanhá-los em uma corrida de passos largos e até consigo, mas logo vem a fadiga e eu me canso. Volto então ao primeiro estágio, o tal onde tenho a nítida impressão de que estou vendo minha vida passar por mim e estou me agarrando a tudo que posso. Mesmo assim, com todo o meu esforço, parece ser tão pouco. Afinal, o que eu queria?! Queria quem sabe, a capacidade de ser muitas?! de amar muitos?! de viver pra sempre?!.
 Por isso, preciso viver sem direção ou alguém, que não seja eu mesma, para pensar, cuidar, precisar, AMAR. Só vai me atrasar mais, me prender mais, me deixar, ainda mais, com aquela maldita impressão de que tudo está simples e nitidamente passando e se acabando. Eu não quero, eu não posso, eu não devo, eu não vou sair do meu caminho.
 'Em paz, eu digo que eu sou motivo do que vai adiante, sem mais eu fico onde estou, prefiro continuar distante.'
 Ops, a vida não é um chefe muito paciente, e eu estou atrasada. Preciso correr atrás do prejuízo, preciso viver. Fuiiiiii!

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