28 fevereiro 2011

Faz-me rir Tati Bernardi

 "(...) Eu nunca vou entender porque a gente continua voltando pra casa querendo ser de alguém, ainda que a gente esteja um ao lado do outro. Eu nunca vou entender porque você é exatamente o que eu quero, eu sou exatamente o que você quer, mas as nossas exatidões não funcionam numa conta de mais...
 Mas aí, daqui uns dias.... você vai me ligar. Querendo tomar aquele café de sempre, querendo me esconder como sempre, querendo me amar só enquanto você pode vulgarizar esse amor. Me querendo no escuro. E eu vou topar. Não porque seja uma idiota, não me dê valor ou não tenha nada melhor pra fazer. Apenas porque você me lembra o mistério da vida. Simplesmente porque é assim que a gente faz com a nossa própria existência: não entendemos nada, mas continuamos insistindo."

25 fevereiro 2011

Eu vendedora de mim

 O que eu vendo são sonhos, oportunidades e infinitas chances para que outras pessoas, no caso os clientes nem sempre atenciosos e menos exigentes, sejam felizes e, como forma de pagamento, também me façam.
 Eles cobram de mim que esteja sempre centrada, amorosa e, obviamente, disposta à sonhar, quem sabe até mesmo viajar com eles, neste caso, na 'maionese'. Não importam-se com a quantidade de pedidos, se hoje não é um bom dia e muito menos se as coisas normais como o tempo, o horário ou qualquer que seja o motivo estejam fora do normal. Eles querem sonhar, somente.
 Então quando eu resolvo trocar de 'negócio' meus clientes geralmente olham apavorados, com um certo ar de desespero. Alguns até tentam me agarrar, gritar, implorar um perdão pedido com tanta suplicia que chego a me apavorar. Tem os que perguntam o que esta acontecendo, porque eu estou tendo essa atitude tão drástica, outros, por sua vez, enxergam o quanto foram cansativos e pesarosos para mim e então começam à chorar e tentar me fazer calma e centrada novamente.
 O que mais me incomoda em todos eles é que são muito parecidos, até mesmo em suas tão dolorosas e, até mesmo, comediantes exigências. Chego a ficar realmente deprimida e até mesmo me sentindo um ser desprovido de caridade e vontade quando minhas forças simplesmente se acabam, e eu me pergunto sempre em meio à lágrimas: Por que não possuo mais a força de antes? A resposta para esta pergunta é tão óbvia que eu não queria ter que responder para mim mesma que tudo isso é porque fui sugada por vampiros que possuem como alimento preferido: vontade, alma, coração e, principalmente, sonhos.
 Sabe o que eu quero agora? Descansar, estou exausta. Preciso livrar de mim mesma toda a craca que se mantém impregnada em minha pele para que, quem sabe um dia, eu possa não vender sonhos, mas viver um.



09 fevereiro 2011

De que adianta?

 Deitada no sofá da minha sala, assistindo um programa qualquer, sem prestar atenção,  perguntei-me em um relance: De que adianta? As perguntas não paravam de surgir e o mais incrível é que a resposta era somente uma e, acreditem, também era uma pergunta.
 O mundo é cheio demais de futilidades, mascaras, sujeiras e mesmices, e não que eu esteja livre de ser envolvida por uma ou todas essas coisas em algum momento da minha vida, mas não me deixo enganar e nem tento vendar os olhos alheios para saber que elas existem.
 Com tudo, ainda existem os mais inteligentes, pelo menos em algum assunto; os mais bonitos, pelo menos na opinião da maioria; os mais cobiçados, pelo menos dentro de uma sociedade; os mais ricos, pelo menos de uma região; Traduzidos como os mais mais, basicamente.
 Ainda assim, as perguntas não pararam de surgir e então eu lhes descreverei somente algumas.
 De que adianta tua inteligência misturada com tua falta de sabedoria? Ou, tua beleza diante da tua falta de personalidade? Quem sabe, tuas roupas juntamente com tua extrema falta de conteúdo? Ainda, teu status social emaranhado com tua eterna falta do que fazer?
 A resposta.
 De que mesmo adianta todo esse lixo que você insiste em chamar de luxo perante ao meu imenso desprezo e minha indignada indiferença?
 A resposta pode terminar em uma simples palavra ou em uma frase pequena, mas prefiro a pergunta.

05 fevereiro 2011

Seja!

 Quando você pensar em fazer, sentir ou agir, seja. Pode ser uma grande burrada, quem sabe uma incrível loucura, mas será. E ser é único e exclusivo, afinal de contas, o que você é, pertence somente à você, mais ninguém.
 Por isso SEJA.
 Seja as suas roupas, suas palavras, seu jeito de andar, seu mau-humor, suas musicas, seus pensamentos, sua postura, seu sorriso, sua aparência, sua burrice, sua elegância e também sua deselegância; seja seus sentidos, seus atos, sua inteligência, seu amores e desamores; seja aquilo que você é hoje e também o que você foi ontem. Amanhã, caso você aprenda algo, seja o que você aprendeu. Mas seja.
 Ser é importante para que você possua a vida, tenha ela em suas mãos. Por isso à possua e, o mais importante, seja feliz com ela, com o que você conseguiu ser.